Uma análise Nietzschiana do bolsonarismo
Uma breve reflexão sobre a vida versus a anti-vida.
Para Nietzsche existe dois tipos de forças que atuam no ser humano, uma é afirmativa, positiva e diz sim a vida, não se deixa impedir pelas forças contrárias, antes é a emanação da sua pulsão enquanto ser livre, desprendido de todo dogma e conservadorismo oco, as únicas coisas que o regem é o sim e o amém da celebração a vida.
Já a outra força é reativa ressentida e medíocre, para negar, negar o outro, negar a si próprio, anulando sua essência e alimentando ressentimentos, os quais se tornam a própria anti-vida enquanto manifestação de uma existência fraca e doente.
No candidato Jair Bolsonaro encontramos as forças reativas encarnadas de forma quase que plena, ele é ressentido, medíocre, não tem uma proposta afirmativa, as poucas que tem são uma negação de proposições colocadas por outras forças. É o anti-petismo, anti-gaysismo, anti-comunismo, anti anti anti.
O Jair é quase um arquétipo de um Messias da negação, um ser mítico, o mito.
Quase metade da população brasileira encontrou nele uma voz que os representasse sem que eles ficassem envergonhados de manifestar o que sempre pensaram e não tinham coragem de falar.
Mais importante do que aquilo que o candidato a presidência do PSL realmente é, é aquilo que ele representa, o anti-espírito que ele manifesta e as ondas e emanações de ressentimento que ele ainda há de provocar. Quando os ressentidos se sentem validados eles se tornam vingativos, violentos, odiosos e terrivelmente perversos.
Tenho desejado com toda sinceridade estar errado.
Finalizo com um conselho do filósofo alemão na sua obra “Assim falou Zaratustra”:
“Mas por meu amor e minha esperança eu te suplico, não lances fora o herói que há em tua alma! Mantém sagrada a tua mais alta esperança!”